A palavra conflito surgiu no Século XVI, derivada do
Latim, conflitus, que significa “choque;
embate; encontro; combate; luta; peleja”. Está ligado ao verbo confligere, “combater; lutar; pelejar;
confrontar; opor; comparar; bater com alguma coisa contra outra”.
Constitui uma marca humana antiga e está assentada na
ideia de conflituosidade. A conflituosidade é o estado ou característica da
condição de contestação recíproca, encerrando conflito, enfrentamentos,
discussões, debates, opiniões divergentes, relações tumultuosas, gerações
humanas diferentes e fricções de cabeças com a profunda falta de entendimento
entre duas ou mais partes.
Contrapondo-se aos paradigmas dos séculos bárbaros e à
tecnologia da destruição, responsável pelas maiores guerras mundiais, o homem parece
ter finalmente migrado para as ciências da compaixão e da paz.
Caracterizadas por ações concretas e objetivas, que
precedem o desejo de extinguir ou amenizar a dor ou o sofrimento do outro,
essas construções teóricas buscam uma participação proativa no processo de
pacificação social, baseiam-se nos princípios de não-violência a caminham em
sentido oposto à convicção de que violência é o caminho para se resolver
conflitos.
Mas o conflito é inerente à vida, seja na dimensão
individual da consciência humana, seja nas relações sociais e coletivas. Há quem
afirme que a contraposição de interesses, desejos e posições entre as pessoas e
as organizações é até relevante para evolução do homem. A verdade é que o
conflito existe e sempre existirá; e, como fenômeno inevitável, deve ser criteriosamente
observado e compreendido.
Continua...