quarta-feira, 18 de abril de 2012

Estado e Conflito – Parte I


A palavra conflito surgiu no Século XVI, derivada do Latim, conflitus, que significa “choque; embate; encontro; combate; luta; peleja”. Está ligado ao verbo confligere, “combater; lutar; pelejar; confrontar; opor; comparar; bater com alguma coisa contra outra”.

Constitui uma marca humana antiga e está assentada na ideia de conflituosidade. A conflituosidade é o estado ou característica da condição de contestação recíproca, encerrando conflito, enfrentamentos, discussões, debates, opiniões divergentes, relações tumultuosas, gerações humanas diferentes e fricções de cabeças com a profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes. 

Contrapondo-se aos paradigmas dos séculos bárbaros e à tecnologia da destruição, responsável pelas maiores guerras mundiais, o homem parece ter finalmente migrado para as ciências da compaixão e da paz.

Caracterizadas por ações concretas e objetivas, que precedem o desejo de extinguir ou amenizar a dor ou o sofrimento do outro, essas construções teóricas buscam uma participação proativa no processo de pacificação social, baseiam-se nos princípios de não-violência a caminham em sentido oposto à convicção de que violência é o caminho para se resolver conflitos.

Mas o conflito é inerente à vida, seja na dimensão individual da consciência humana, seja nas relações sociais e coletivas. Há quem afirme que a contraposição de interesses, desejos e posições entre as pessoas e as organizações é até relevante para evolução do homem. A verdade é que o conflito existe e sempre existirá; e, como fenômeno inevitável, deve ser criteriosamente observado e compreendido.

Continua...